O som da conversa. A música alta. A indiferença. A alegria que não é sua. O riso solto. O abraço do amigo. O lugar-comum. O assunto trivial. A comida. Os talheres. As bocas indiferentes. As pessoas normais. Os discursos. A política. As estórias. O futebol. A bebida. A ausência. As fotos tremidas. A vaga lembrança. Os pares. Presentes. Lugares. A cadeira vazia. As velas. O dentro. Os mortos. A porta fechada na cara. O rosto. O gosto. O feio. Invisível. Bailam frio e silêncio do lado de fora da festa.
Poeta: sujeito que costuma comparecer aos próprios desencontros.
Manoel de Barros
segunda-feira, 12 de março de 2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
Brasília, Teimosa Brasília
Destrói barraco de dia. Reconstrói morada de noite. Piso podre e gasto de palafita. Teimosa Brasília teimosa. Insiste em mostrar ao sul que nordeste gera vida.
Compra gasolina de dia. Incendeia pessoa de noite. Poder pobre e solitário do asfalto. Teimosa Brasília teimosa. Persiste em mostrar ao mundo que vida virou utopia.
Brasília Teimosa - Recife - PE Brasília - DF
Brasília Teimosa - Recife - PE Brasília - DF
Assinar:
Postagens (Atom)